Mundo paralelo, lado B, planeta bizarro, underground. Não, subterrâneo não. Afinal, eu me refiro ao mundo das sombras. Estamos, portanto, na superfície. E caminhamos debaixo do sol.
Aos nossos pés, elas se espalham. As sombras. As nossas. Olho para a minha. Acorrentada aos saltos dos meus sapatos, parece querer escapar. Não sempre, às vezes.
Não vejo seus olhos. Em que direção seguem? Será que está entretida com alguma outra sombra que cruzou nosso caminho sem que eu tivesse notado? Será que reparou na sombra daquele corpo que, definitivamente, chamou minha atenção?
A verdade é que as sombras têm vida própria. Nós as arrastamos por aí, ao nosso bel-prazer. Mas não as temos sob controle.
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