domingo, 26 de julho de 2009

Os ‘mano’ sem as ‘mina’

Confesso que estranhei. Uma dança sem música. Como sonoplastia, o rangido estridente dos tênis com suas solas de borracha contra o piso do palco, as batidas de pés e respirações ofegantes. E os movimentos? Inesperados, para dizer o mínimo.

Ao meu lado, minha amiga, trinta anos mais nova, estava à beira de um ataque de risos, sufocado apenas pelo olhar da mãe. Mas também tive vontade de rir. Aos poucos, o desconforto se desfez e deu lugar ao choque.

O trabalho de Bruno Beltrão/Grupo de Rua é realmente impressionante. Força, violência, agilidade, luzes, choques, marginalidade, energia. Um show de testosterona. Fiquei embasbacada. Vale a pena conhecer – e acompanhar – o trabalho dessa turma.

[Domingo, dia 19]

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