Durante encontro com Atiq Rahimi, no café da Martins Fontes, em julho deste ano, alguém perguntou a ele se, vivendo na França há tanto tempo, não sentia falta do Afeganistão. Antes de ouvir a resposta, emendou a pergunta questionando o autor sobre de que sentia falta quando estava no Afeganistão.
Rahimi respondeu que, quando estava na França, sentia falta do Afeganistão e, quando estava no Afeganistão, sentia falta da França. Em resumo, segundo ele, sempre queremos estar em outro lugar.
Às vezes me parece que a insatisfação é uma espécie de mola propulsora. Afinal, quem está satisfeito, não vai a lugar algum.
Viver insatisfeita, portanto, pode ser bem divertido.
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