domingo, 8 de março de 2009

Quarto Dia


Café da Manhã

No Parque Lage. Minha segunda vez por lá. Estreei aos 14 anos. Volto, portanto, 22 anos depois. Na minha fraca lembrança, era um lugar pequeno. Na verdade, só guardei a construção. Omiti da memória todo o entorno. O lugar é enorme. Como sempre aqui no RJ, a vegetação é exuberante. O casarão abrigou uma família um dia: um armador e sua esposa, uma cantora lírica. A casa se distribui em torno de um átrio dominado por uma piscina de pedra. Não sei bem por que, mas aquilo me pareceu um viveiro de sereias. Talvez seja o efeito daquela casa de pedra cercada pela floresta, cercada por ruas, carros e pessoas, cercada pelo Rio de Janeiro.

Museu da Chácara do Céu

A visita, que não aconteceu ontem, realizou-se hoje. Infelizmente, o museu não tem ar condicionado, o que prejudica bastante a visita. É preciso muita vontade e disposição para ficar dentro daquela casa - tão bonita - transpirando e sufocando. E há muito para ver. Pena que os jardins não sejam muito bem cuidados. A vista, mais uma vez, é linda.

Mais uma vez o Parque das Ruínas

O Museu da Chácara do Céu e o Parque das Ruínas estão interligados. Aproveitamos para explorar melhor as ruínas. Lá de cima, a vista é o máximo. Nos ouvidos, só o assobio do vento. Mar azul. O Rio de Janeiro e Niterói se espalhando sobre ele.

Museu Histórico Nacional

É lindo e enorme. O prédio já é um convite. Cansei de tanto andar por ali. Isso porque uma parte da área de exposições está fechada par obras. O guarda que toma conta da primeira exposição se preocupa em receber cada visitante. Oferece informações antes mesmo de ser consultado. Fala com orgulho do museu. Faz você se sentir feliz por estar ali. História e cultura indígenas. Portugal. Carruagens. O Brasil que nasce e se desenvolve - ao seu tempo e da sua maneira. Está tudo ali. Y Juca Pirama. Caramuru. Cecília Meirelle, numa poesia sobre a exploração do ouro. Canhões. Pena que a varanda, no primeira pavilhão, estava fechada ao público.

Centro Cultural Banco do Brasil

Há tempos que conhecer. Diziam que o prédio era maravilhoso. É lindo mesmo. Um espaço enorme dedicado às artes. O máximo. Uma livraria (da Travessa) e um restaurante. Muitas pessoas por lá. Como já era tarde, não deu para visitar as exposições. Mas conhecer esse espaço já valeu o passeio.

Centro Cultural dos Correios

Achado quase que por acaso. Outro espaço que vale a pena visitar. Fomos surpreendidas por uma exposição de esculturas. Oxana Narozniak. Figuras femininas de perfil alongado. Braços e pernas compridos feito cipós. Movimentos elásticos. Gostaria de voltar lá para dar mais atenção a cada peça.

Noite

Na Letras e Expressões de Ipanema. Blogando e tentando tomar um café espresso decente. Apesar das inúmeras tentativas, mais uma vez não fui bem sucedida.

Saldo do dia: 272 degraus e o Rio de Janeiro visto quase do céu.

Um comentário:

Anônimo disse...

Foi um dia especial, um Rio de Janeiro diferente, que há muito eu desejava conhecer. É preciso reconhecer: sem dúvida Sissa é a companhia ideal para uma programação como essa. Inteligente, culta, divertida, com ela não tem tempo feio.Nem quando os pés estão ardendo de tanto caminhar pelas ladeiras, pelas escaas, pelas ruelas, pelos becos e pelas lages cariocas... Eu te adoro!