Antes de mais nada, um livro bonito. Os detalhes do projeto gráfico e as ilustrações de Jobalo encantam. Não sei se, tecnicamente, posso dizer que sejam ilustrações. Fotos, montagens. Não. Gosto mesmo é de chamar de ilustrações.
Se, em Eraodito, predomina o humor, aqui, quem ganha é a crítica. A fala afiada, dura, cortante.
Contos curtos, linguagem direta. Em todos eles, cabe ao próprio personagem narrar a sua história, recurso que Marcelino Freire seguirá explorando nos livros seguintes.
Entredentes, desesperados, conformados, resolutos, indiferentes, conscientes ou inconscientes. Cada personagem é dono de sua própria voz.
Marcelino associa o título do livro ao choque de sua chegada a São Paulo, vindo do Recife. O angu da terra natal transformado.
Entre meus favoritos, está o conto Muribeca, que abre o livro. Não deixe de ler.
Ficha Técnica: “Angu de Sangue”, Marcelino Freire, Ateliê Editorial
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