terça-feira, 7 de abril de 2009

"Gran Torino" / "Quem quer ser um milionário" / "Ele não está tão afim de você"

Gran Torino

Ele é ótimo, o Clint Eastwood. O filme também. A caracterização dos personagens. O ritmo da história, que fala de preconceito e violência.

Mas, apesar do tema, não espere um filme de denúncia social. É Hollywood. E não estou reclamando.

Os jovens atores que representam os vizinhos em apuro são encantadores. Além disso, a história foge do padrão herói apaixonado ou herói indestrutível. Trata-se de uma história sobre pessoas. Afeto, respeito, dever, velhice, família, diferenças culturais.

Quem quer ser um milionário?

O melhor comentário que li sobre o filme referia-se a ele como uma fábula. E é isso mesmo. Na verdade, um conto de fadas à indiana.

Um herói de coração puro que não se deixa contaminar pelo sofrimento, uma heroína apaixonada, um personagem ambíguo que acaba por se redimir, muitos vilões e uma fada madrinha (nesse caso, a sorte ou o destino, como preferir).

É ótimo. E novo. É bom variar de cenário, de rostos, de cultura, de vida.

Mas, depois da diversão, tente não pensar mais no filme ou, pelo menos, no seu pano de fundo: uma Índia miserável, um país de crianças perdidas.

Ele não está tão afim de você

Fui em busca de diversão, sem maiores pretensões. Encontrei. Isso e mais um pouco. Os diálogos são bons. A descrição do mundo feminino – com suas neuroses e incongruências – é bastante apurada.

A esposa patética, a soleira desesperada, a destruidora de lares e uma mulher perdida, sem saber direito como se encaixar nesse cenário, dividida entre o que sente e o que pensa e o que os outros pensam.

Impossível não se constranger com o modus operandi de Gigi. Mas difícil não se comover com ela.

Como sempre, as decisões recaem sobre as mulheres. São elas que conduzem a história. (Claro que a conduzem de forma a alcançar um único objetivo: encontrar o seu respectivo par – mas isso já é outro assunto).

E o que era para ser um filminho bobo, me fez parar para pensar sobre homens e mulheres e o futuro da humanidade.

Filmes que ainda quero ver:

- Valsa com Bashir
- Spirit
- Caos Calmo
- O leitor
- Brilho eterno de uma mente sem lembranças
- HellBoy 2
- O banheiro do Papa
- Do outro lado
- Irina Palm
- O segredo do grão
- A questão humana
- O homem de ferro
- Indiana Jones (o último)
- Batman (o último)
- Closer
- A arca russa
- A mulher sem cabeça / Pântano / A menina Santa
- Do outro lado
- Paranoid Park
- Armênia
- As leis da família
- Vermelho como o céu
- Em busca da vida
- O arco
- A vida secreta das palavras
- As invasões bárbaras

2 comentários:

Blog da Bruna disse...

Ref: granTorino. Posso discordar? não gostei pois é demasiadamente "solução americana". Para haver mensagem precisa a espiação, o heroi. Se ele quis levar-nos para a tolerância, a aproximação, a "lição digerida", valeu mais "O visitante". Não perca, mas vai ter que alugar o vídeo, pois saiu de cartaz há tempos. Lançamento simultâneo com o filme de Eastwood, as pessoas correram poara ver o famoso e desprezaram o "anônimo". Mas, não perca e fale comigo depois. Obrigada, o seu blog é pra lá de interessante e bem construido. Bruna Nehring

Sissa disse...

Pode discordar sim, Bruna. E obrigada pela indicação do filme - vou assistir assim que puder - e pela visita a este blog. []s.