terça-feira, 14 de abril de 2009

Canalha!

É o primeiro livro de crônicas do Carpinejar que leio. Mas acompanho seu blog, portanto, não houve grandes surpresas.

Ler Carpinejar é muito bom. Por mais divertido que seja, há sempre um convite velado à reflexão. Isso sem falar do lado voyer que ele desperta ao escancarar sua vida privada em espaço público. Engraçado que essa é a própria ‘definição’ de um blog. Pelo menos, uma delas: um diário na internet. Ainda assim, surpreende. Incomoda, muitas vezes. Constrange pelo outro e por ele. Mais do que tudo, porém, aproxima.

As crônicas são divertidas, mas não se comparam aos poemas. Como se as crônicas fossem um campo de exploração lúdico, uma espécie de válvula de escape para o turbilhão de emoções e pensamentos cotidianos – “vastas emoções e pensamentos imperfeitos”, nas palavras de Rubem Fonseca.

Mas é nos poemas que a alma se esconde. O corpo, nas crônicas. A alma, nos poemas. Continuo procurando sua alma.

Ficha Técnica: “Canalha!”, de Fabrício Carpinejar, Editora Bertrand Brasil.

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