domingo, 8 de março de 2009

Terceiro Dia


Uma rua perdida

A primeira tentativa foi o Café Gôndola, às margens da lagoa. Por sorte, quando chegamos não havia mais café. A segunda tentativa foi a busca de uma rua perdida - General Garzon - e encontrada por um taxista mais do que experiente: Rio de Janeiro, Argentina, Chile, Europa - Leste, inclusive.

Escola de pães

Creme de mamão - só a fruta e mais nada - com granola. Curau de milho. Iogurte com frutas tropicais. Suco de laranja. Ovos mexidos - não sabia que ovos poderiam ter aquela consistência. Mini sanduíches - misto de peito de peru com queijo, cachorro quente e brie com damasco. Cesta de pães acompanhada por um pote de queijos gratinados. Manteiga, cottage, geléia e goibada mole. Café com leite, claro. Bolo de chocolate com cobertura. Bolo de limão. Sonho. Bomba de creme - na forma de uma rosquinha crocante. Waffle de coração. Um casarão antigo. A atenção de uma senhora que vai de mesa em mesa cuidando dos seus cliente. Um garçom educado e solícito que, depois de ser chamado pelo nome, passa a ser um garçom educado, solícito e risonho. Carérrimo!Mas uma delícia.

Santa 1

Estou ampliando meus domínios. Gávea, Urca e Santa Tereza. Somam-se a Copacabana, Leme, Ipanema, Leblon, Jardim Botânico, Lapa e Botafogo. Santa Tereza é um bairro de ladeiras íngremes que parece aprisionar o tempo em suas ruas. A lembrança de um Rio antigo. Lindos casarões despedaçados. Algumas lojinhas de artesanato. Muitos restaurantes e botecos. O bondinho. A vista.

Santa 2

Uma decepção: o Largo das Letras. Infelizmente, muito mal cuidado. Uma descoberta: o Parque das Ruínas e o Museu da Chácara do Céu.

Santa 3

Café no Ásia. Café e restaurante. Bonito, bem cuidado. Decoração rica e agradável. Pela janela, numa grande árvore enfeitada com lanternas japonesas vermelhas, três miquinhos corriam para cima e para baixo.

Santa 4

O Museu da Chácara do Céu já estava fechado (mas, um lugar com esse nome, definivamente merece uma visita). O parque estava aberto. As ruínas são o que sobrou do palacete de Laurinda Santos Lobo, a "Marechala da Elegância", no dizer do João do Rio. A vista: Pão de Açúcar, Arcos da Lapa e a Bahia da Guanabara. O lugar é deslumbrante. Não dá vontade de ir embora. No pátio, quatro bancos de mármore. Sobre os bancos, frases assombradas que aparecem e desaparecem diante dos seus olhos conforme a incidência da luz.

"O início da guerra será secreto"

"Proteja-me do que eu quero"

"Seja gentil e amável sempre que puder"

"Os homens não te protegem mais"

Gostaria de conhecer a autoria.

Fim de tarde

No jardim do Market Ipanema. Suco de manga com gengibre e uma salada de verdade. Dentro do salão, a TV alterna desenhos do Popeye e da Betty Boop, em preto e branco.

Noite

Bar da Praia. Bonito. Deliciosos bolinhos de risoto - versão sofisticada (e melhorada, reconheço!) do bom e velho bolinho de arroz - com molho de pimento e pesto de manjericão. Apesar do nome, está mais para restaurante do que bar. Música especialmente boa. Na volta para casa, uma caminhada até o Jobi e um café - concorrido - na Letras e Expressões do Leblon.

Saldo do dia: 272 degraus, uma árvore com lanternas vermelhas, as ruínas de um casarão perto do céu.

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