quarta-feira, 11 de março de 2009

Sexto Dia


Café

Dessa vez, no Mil Frutas. E graças à solicitude da atendendente, pois eles só servem café nos finais de semana. Um iogurte com mel e granola especialmente bom, lendo "O Globo". De lá, uma rápida passagem pela Casa do Saber - só para verificar se haveria um café e pegar a programação do semestre pra passar vontade - e uma espiadinha na Lagoa, sempre brilhante, mesmo nos dias nublados.

Outra vez o centro

Agora para visitar a Biblioteca Nacional e o Museu Nacional de Belas Artes. De brinde, ainda conheci o Centro Cultural da Justiça Federal, que, definitivamente, vale a visita, e tomei sorvete no café do Cine Odeon, além de xeretar a livraria - pequena, mas de bom gosto. Todos os prédios são lindos. Somem-se a estes o Teatro Municipal e a Câmara dos Vereadores, todos voltados para uma mesma praça. Gostaria de saber a história de cada um deles. Da Biblioteca Nacional, sei que foi inaugurada em 29 de outubro de 1910, que o engenheiro responsável pelo projeto, Souza Aguiar, dá nome a um grande hospital carioca, que guarda 3 milhões de obras e recebe diariamente mais 150 para catalogação. Suas portas com relevos vieram da Alemanha. Os corrimãos das escadas, da Inglaterra. E os vitrais, da França. Logo na entrada, duas enormes telas chamam a atenção. À direita, a "Sabedoria". À esquerda, a "Ignorância". Ambas pintadas por George Biddle, artista americano. Abaixo de cada uma delas, os relevos elaborados por sua esposa, Hellen Biddle. Outra história interessante: o acervo original da biblioteca, trazido por D. João VI, representa o que pôde ser salvo do incêndio que destruiu a Biblioteca de Lisboa, no século XVIII. O prédio do Museu Nacional de Belas Artes também merece atenção. São tantos detalhes que é impossível absorver tudo numa primeira visita.
Forneria São Sebastião
Lugar agradável, mas caberia em São Paulo sem esforço. (Na verdade, foi de lá que veio, como Forneria São Paulo.) Na mesa ao lado, um rapazinho de três anos, que atendia pelo nome de "Bolt", foi a atração do jantar.
O Beco do Rato
Mais um samba para encerrar a programação. Acreditem, o nome é mais do que apropriado. As pessoas se espalham entre o bar, a calçada e as ruas. Uma pilha de engradados de cerveja faz às vezes de muro de separação entre o "beco", literalmente, e a rua. Numa parede, a estátua de um enorme São Jorge combatendo seu dragão convive com uma Nossa Senhora Aparecida e um Cristo crucificado. Os casarões vizinhos são lindos, deteriorados e sujos. Ruas estreitas, de pedras irregulares. Lembram Paraty. Público: povo + gringos descolados. Roda de samba entre amigos. Divertido e acolhedor.
Saldo do dia: 544 degraus e uma coleção de prédios enormes ao redor de uma praça.



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