Eu fatalmente leria esse livro pelo título. Mas, antes, o que me atraiu a ele foi a capa. O branco, o negro, o vermelho. A morte.
A morte como narradora. A morte conduzindo a vida. Descortinando a história de uma menina. Uma sociedade inteira. Uma época.
Os personagens são doces e bons. A crueldade corre por conta de certa humanidade indistinta. Os personagens que a representam não são reais. Não convencem. Servem de contraponto à bondade. De escada para o artista principal ganhar a cena.
Mas, apesar do maniqueísmo, ou por causa dele, a narrativa encanta e corre à sua frente, obrigando a leitura, abusando do fôlego.
A miséria, o sofrimento, a dor, a perda, a injustiça, o ódio, embora presentes, passam por um processo de ‘pasteurização’. Estão ali, explicitados, mas travestidos de forma a não pesar no seu estômago. Você engole sem se dar conta. Mas será preciso digerir depois.
Um livro delicioso de se ler.
Ficha Técnica: “A menina que roubava livros”, de Markus Zusak, Editora Intrínseca.
terça-feira, 17 de março de 2009
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