Começou assim...
“Tomei um elevador com Clarice Lispector. Ela usava um vestido esmeralda e uma opala pendurada numa corrente. Segurava o cigarro para acendê-lo quando saísse, me olhou do joelho aos pés. Eu parei no térreo, ela continuou descendo.”
Andréa é jovem. Cabelos negros encaracolados, pele branca. Chegou protegida por uma espécie de timidez desenvolta. Simpática, carismática. Conquistou o público de imediato.
Leu alguns de seus textos, acompanhada por Celso Amâncio no violino. Isso tudo no pequeno café da Martins Fontes. Aos poucos, um grupo de pessoas passou a se aglomerar na entrada do café. Todos muito interessados.
Eu não conheço o trabalho de Andréa del Fuego, mas os títulos dos seus livros de contos soaram como provocação: “Nego tudo”, “Minto enquanto posso” e “Engano seu”. Comigo, funcionou. Deu mesmo vontade de ler.
Acabo de descobrir que ela também gosta do José Luís Peixoto, um dos autores portugueses cujo trabalho eu tenho acompanhado desde a última Flip. Resumindo, gostei da prévia. Incluí Andréa na minha lista de autores a conhecer.
Terminou assim...
“Nuno Leal Maia me pediu o telefone do William Bonner. Não posso dar, conheci ele há pouco tempo, vai achar que tô distribuindo contato. Nuno Leal Maia tem que entender minha posição, o Bonner precisa confiar em mim.”
Andréa Del Fuego foi a autora convidada do segundo encontro do Stand-Up Literatura, resultado da parceria do Portal Cronopios (www.cronopios.com.br) com a Livraria Martins Fontes. (O primeiro aconteceu em 03 de maio e teve o poeta Frederico Barbosa como convidado.) Além dos livros de contos já citados, a autora publicou também dois títulos infanto-juvenis: “Sociedade da caveira de cristal” e “Quase caio”.
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