A crise é do macho, mas a culpa é da mãe. Não há mesmo justiça neste mundo. Os psicanalistas que me perdoem, mas essa história de botar sempre a culpa na mãe só pode ser trauma de infância.
A “crise do macho” é o tema que o Café Filosófico, programa da TV Cultura exibido nas noites de domingo, propôs-se a abordar durante 4 encontros. A coordenação, assim como a palestra de abertura, coube a Contardo Calligaris, psicanalista e escritor, cronista da Folha de S.Paulo.
O ator Ricardo Bittencourt, ora na pele dele mesmo, ora encarnando o protagonista de “O homem da tarja preta”, divide o palco com Contardo, que também é o autor da peça.
Mas que crise é essa? Pois é, eu também não sabia. Segundo Calligaris, a partir dos anos 50/60, os homens, gradativamente, passaram da posição de detentor do desejo a objeto dele. Quando a mulher descobre, ou reconhece, o prazer sexual e se arvora no direito de vivenciá-lo, ela passa de objeto do desejo à posição de titular dele. Aí começa a crise.
Mas esse é só o ponto de partida. A discussão vai muito além. O que mais me interessou foi parar para pensar, pelo menos um pouco, sobre o papel do homem na sociedade de hoje.
A impressão geral é de que os homens têm seu papel na sociedade já definido, cristalizado, e que são as mulheres que vêm se esforçando para modificar o papel delas, ou, melhor, construir um novo.
Esse exercício de se colocar no lugar do outro é sempre divertido. Não que eu nunca tenha pensado nisso, mas, talvez, nunca tenha pensado desse jeito.
Convidados: Ana Verônica Mautner (06/05), Octavio Souza (13/05) e Bete Coelho (20/05).
terça-feira, 5 de maio de 2009
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