Assisti à peça no domingo, no SESC Vila Mariana. Quis ver porque se tratava de texto do Alessandro Baricco, autor italiano que participou da FLIP em 2008.
Já havia lido “Seda”, e “Sem sangue” estava na minha estante, à espera de sua vez. Acabei lendo o livro na sexta-feira para me antecipar ao espetáculo. (Como “Seda”, é um livro curto, mais um conto do que propriamente um romance.)
A montagem é bastante curiosa. Você tem a sensação de estar no cinema, e não no teatro. A tela e as projeções são elementos constantes no palco. Compõem o cenário e, em alguns momentos, substituem as cenas. Transformam-se nelas.
[Muito diferente de Avenida Dropsie, em que esses recursos são utilizados com outro propósito, ‘subordinados’ ao palco.]
A atuação dos atores é caricata a ponto de incomodar. Demorei a me sentir a vontade com essa proposta. Não sei se isso é uma característica do teatro chileno ou se do grupo que estava se apresentando.
Para piorar, parte do público achou aquilo tudo muito engraçado e se pôs a gargalhar, principalmente nas passagens mais dramáticas.
O fato de a peça ser falada em castelhano – afinal, o grupo é chileno – com a projeção das legendas, acentua a idéia de cinema.
Tantos recursos acabam limitando o espaço da imaginação e a composição própria a cada espectador. É uma concepção de teatro diferente, e muito nova para mim. Preciso de tempo para assimilar.
Gostei da peça – que, aliás, foi bastante fiel ao texto do Baricco. Mas não me senti no teatro.
terça-feira, 7 de abril de 2009
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