Claro que o livro é divertido, é do Scliar. Não falta ironia. Aliás, transborda. E muita imaginação.
A história se passa na época do rei Salomão, num passado longínquo, mas a linguagem é atual, afinal, trata-se do relato de uma mulher moderna.
A feiúra como sina e móvel da personagem. A linguagem vulgar mais como prova da origem – marginal, alheia ao mundo letrado, à cultura – que indicador de agressividade.
E o fascinante universo feminino, a capacidade de se iludir sabendo que se ilude, a capacidade inesgotável de fantasiar, a capacidade – e coragem – para decidir, agir, correr riscos.
Ainda falando de mulheres, um único objetivo: encontrar o amor. Um homem, para ser mais exata. Tudo gira em torno disso.
E a Bíblia sendo escrita à custa de tesão, como moeda de troca para o sexo.
Ficha Técnica: "A mulher que escreveu a Bíblia", Moacyr Scliar, coleção de bolso da Companhia das Letras.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
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