domingo, 15 de fevereiro de 2009

Mongólia

O livro é ‘competente’. Bernardo Carvalho é um bom autor. Sofri um pouco no começo, até me acostumar com seu estilo, até entender a organização do texto.

Mas não sei quanto do autor está impresso nesse trabalho. E é engraçado dizer isso, pois esse é o primeiro livro dele que leio. Já li outros textos, entrevistas, artigos. Já o ouvi falar num evento aberto ao público. Nada mais que isso.

No entanto, apesar da minha ignorância – ou exatamente por causa dela – fiquei com essa sensação esquisita de que o autor optou por se revelar menos nesse livro. Como se o autor se poupasse, se afastasse para que a história fosse mais facilmente digerida.

Definitivamente, preciso ler mais. Pensei em “Nove Noites”, “Aberrações” ou “Os Bêbados e os Sonâmbulos”.

No final, restou a sensação de que fracassei nessa leitura. Não consegui entender o que move os personagens. Não consegui me deixar convencer por eles. Por suas buscas. Nem me transportar para a Mongólia. Ao contrário do que aconteceu em relação ao Tibet, lendo o livro de Xinran, “O Enterro Celestial”.

Ainda assim atravessei a noite para chegar ao fim da história. Tive um vislumbre, não uma revelação.

Ficha Técnica: “Mongólia”, de Bernardo Carvalho, Companhia das Letras.

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