Nunca pensei o futebol como um fenômeno social. Foi realmente uma surpresa. Wisnik e Damatta, com abordagens e estilos distintos, deram novos contornos para o tema. Mesmo para quem não gosta de futebol, como eu, a reflexão foi realmente instigante.
A idéia do futebol como um mundo paralelo, em que existem regras, que valem para todos e são respeitadas, ao contrário do nosso Mundo-Brasil, é interessante. No futebol, em certa medida, a desigualdade social seria superada e haveria um senso comum de justiça: as transgressões seriam punidas.
Também a visão do futebol inserido em determinado período da história foi novidade para mim. Sua chegada ao Brasil como algo ‘alienígena’, uma espécie de estrangeirismo, e o processo de assimilação e de transformação dessa novidade em algo que, acreditamos hoje, genuinamente ‘brasileiro’.
A eloqüência de Wisnik e a lucidez do seu discurso, apesar da dificuldade de ir direto ao ponto, e o humor sério e um tanto cínico de Damatta, combinados, funcionaram bem. Muito bem. Quanto ao mediador, Matthew Shirts, este deixou o barco correr.
Nunca mais vou pensar em futebol da mesma maneira.
Flip 2008
Mesa 17 - Folha seca - JOSÉ MIGUEL WISNIK, ROBERTO DAMATTA
Dia 06/07, às 11h45
Mediador: MATTHEW SHIRTS
quarta-feira, 9 de julho de 2008
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