Disparate. Espera-se uma coisa e encontra-se outra, diferente. No meio da loucura a lucidez. Ou será o contrário? Talvez isso não importe, afinal, lucidez e loucura andam sempre juntas.
Nesse monólogo, Gonçalo Tavares mistura obsessões, fúrias, amores e loucura. Tudo amarrado em poesia. Nos deixamos levar pelo desvario de um louco furioso e, de repente, somos surpreendidos por uma idéia, algo que desprende do texto, capaz de abalar o raciocínio mais lúcido.
O texto flui, a narrativa prende. O personagem desloca-se muito à vontade de uma página a outra, de um tema a outro.
Este é o primeiro livro que leio de Gonçalo Tavares. O próximo será “Jerusalém”, romance vencedor do Prêmio Portugal Telecom de Literatura em 2007.
Ficha Técnica: "O homem ou é tonto ou é mulher", de Gonçalo M. Tavares, Editora Casa da Palavra
domingo, 28 de dezembro de 2008
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